Hoje é um dia especial e nos ajuda a refletir sobre a importância e o tamanho da responsabilidade de ser PAI. Ao longo dos anos o papel desses super-heróis foram mudando e passaram de provedores para algo muito mais abrangente e participativo. Atualmente, mesmo com modelos preservados, os pais não ficam mais “atrás do palco”. Eles são protagonistas na educação dos filhos, o que está cada vez mais evidente. Antigamente nem se pensava em um pai dando banho no filho, trocando sua fralda, acordando de madrugada, ajudando no dever de casa ou conversando com seus pequenos. Claro que há exceções, entretanto no geral a mãe cuidava, o pai provia.  Quando penso nesse cenário, acho que fica mais notória a responsabilidade de cada pai na educação dos seus filhos, na propagação e clareza da expressão do seu amor por eles.  Somos o reflexo daquilo que recebemos repetidamente e do modelo que temos por referência.

Cresci numa família tradicional onde minha mãe cuidava da casa e dos três filhos e meu pai trabalhava. Os finais de semana eram da família e aí meu pai passava a ser o ator principal. Era ele quem estava sempre à frente dos nossos passeios. Ir num teleférico era com meu pai, minha mãe é medrosa, então para o papel de aventuras já sabíamos a quem procurar. Jogar bola, nos levar ao Playcenter em São Paulo, ir no mar lá “no fundão” era tarefa do homem da casa. Adorávamos passear no sítio aos domingos porque já sabíamos que meu pai ia puxar uma carriola grande e antiga conosco em cima, correndo de um lado para o outro e assim a diversão era garantida. Pra mim os papéis do meu pai e minha mãe foram complementares, o que um não fazia era a responsabilidade do outro e assim o amor foi distribuído de maneiras diferentes. Hoje vejo com clareza a importância da presença dessa figura em nossas vidas, nosso suporte, o homem bravo e exigente que do jeito dele foi nos dando direcionamentos, exemplos e permitiu que não faltasse coisa alguma.

Atualmente observo que só mudaram as demandas, mas ele continua com seu papel.

– Pai, meu carro está com um barulho estranho, você pode ver pra mim?

– Pai, você vai hoje no supermercado? Será que poderia comprar umas coisinhas pra mim?

– Pai, você pode passar em casa?

Pai…. Pai…. Pai….

E há alguns anos, promovido a avô, segue seu trabalho de:

– Vovô, arruma esse brinquedo pra mim? Ele quebrou!

– Faz pimba na onda do mar comigo? (Quando meu pai pega meus filhos pelos braços e os joga contra a onda do mar)

– Vô, quero ir no mar com você, mas lá no fundão!

– Vô, joga bola com a gente?

– Vovô, vem aqui em casa porque meus pais vão sair e eu não quero ir junto?

E assim é o meu Pai, o Avô dos meus filhos. Cheio de saúde, que não para um minuto, que mesmo com os filhos adultos segue nos dando suporte, se preocupando, se prontificando e apontando caminhos. A este Homem faço a minha reverência, exponho em palavras meu amor, minha gratidão por tudo o que sou e pelo que conquistei, porque cresci em um lar imperfeito, mas repleto de amor, de atitude, de suporte, de caridade, de olhar ao próximo, de Deus e nesse mundo cheio de futilidades, aprendi o que é essência, o verdadeiro sentido de família, o que é o amor!

Feliz Dia dos Pais ao meu, ao seu e a todos os Pais que cuidam dos seus filhos e se doam no cotidiano!